domingo, 12 de dezembro de 2010

Bologna ou La Grassa (a gorda)

A cidade das torres, dos arcos e dos tijolinhos vai muito além do tortellini al ragú, ou melhor, do macarrão à balonhesa. É claro que ganhamos uns quilinhos a mais aqui. Mas, as caminhadas queimaram as calorias extras.


Bologna possui uma herança cultural rica. Famosa na idade média por sua universidade - a mais antiga da Europa -, a cidade passou a domínio papal em 1506. Após a chegada das forças de ocupação de Napoleão, em 1797, saiu de seu berço católico. Na cidade, não é raro encontrar homenagens aos antigos professores universitários em vez de santos e imperadores. Também não é difícil se perder pelas vielas e pelos pórticos. As construções em tijolo aparente e as fachadas em arco são padrões.

Alguns lugares são imperdíveis: Piazza Maggiore e a Piazza del Nettuno. Perto delas estão as igrejas de San Petronio e San Domenico. Ok, é uma overdose de igrejas. Mas, elas guardam muita história.

A San Petronio, por exemplo, foi projetada para ser maior que a Basílica de São Pedro. O projeto, contudo, não foi finalizada. Hoje, metade da sua fachada é em mármore e a outra metade em tijolos. Os historiadores acreditam que o "desperdício" de dinheiro na construção no templo católico teria sido a gota d'água para a revolta de Martin Lutero. Já a San Domenico é a mais importante igreja dominicana na Itália. Abriga a sepultura de São Domingos (em português).

Duas torres, entre cerca de 200 remanescentes, se destacam. São chamadas de Garisenda e de Asinelli. Os nomes referem-se aos sobrenomes das famílias que as construíram. Na Idade Média, as torres simbolizavam status e poder. Quanto maior a torre, maior a riqueza da família.

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