domingo, 28 de novembro de 2010

Florença, Firenze, Florence...

Como bem se diz Florença é um monumento ao Renascimento (séc 15). As atrações são próximas umas das outras. Então, a cada virada de esquina, uma surpresa... ou... uma delícia:

Grapa
Pizza com vino

Gellato

Chegamos no fim da tarde e fomos caminhar ao longo do rio Arno até a Ponte Vecchio, a mais antiga da cidade. É de 1.345 - O Brasil nem tinha sido "descoberto". Foi a única ponte que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial. Muitas lojas pitorescas, muitas curiosidades por ali. Uma delas: em frente à Galleria degli Uffizi casais trancam "cadeados do amor" e jogam a chave no rio Arno para manter o sigilo de seus sentimentos. A tradição, levada para Roma, foi imortalizada em livro e levada às telas do cinema. Amigos cinéfilos, me indequem o filme... Help, Paulinho!! Por falar na sétima arte... rodar a Toscana de carro é rever cenários cinematográficos. Paisagens realmente inspiradoras.


Flagramos uma fiorentina carregando um falcão (águia, sei lá) no braço.

Duomo de Santa Maria del Fiore é o ponto mais alto da cidade. Vencer a escadaria não é nada fácil. Ufa! Mas, vale o esforço. A pintura interna do Duomo retrata o inferno, a terra e o céu. Ficamos um bom tempo tentando desvendar o que existia entre o cruel e o celeste. E a vista... ai, ai.


Mais arte. Adoro! Na Galleria dell'Academia o queixo caiu mais uma vez quando vimos a colossal estátua de mármore de Davi, o herói bíblico que matou o gigante Golias e fez de Michelângelo, então com 29 anos, o escultor mais famoso de seu tempo. Uma cópia está na Piazza della Signoria. Também vimos a estátua de Davi, dessa vez em bronze, de Donatello no museu Bargello. Adoro deuses... e lá "encontrei" Mercúrio (Giambologna) e Baco (Michelângelo). No Palazzo Vecchio, mais heróis romanos, como Judite e Holofernes, de Donatello (Foto). Nossa, são muitas pinturas... ainda nem falei de Ticiano, Botticelli, Leonardo da Vinci, Raffaello. Meu Deus... vi "O Duque e a Duquesa de Urbino", os painéis de Piero della Francesca, um dos primeiros retratos renascentistas... o famoso duque do nariz quebrado!!! Conhecer Florença a fundo exige muitos dias... e que dias, hein.

A cópia de Davi de Michelângelo na Piazza della Signoria. Não deixam fazer foto na original que vimos na Galleria dell'Academia.

Neve, Porsche, BMW e eu lá atrás

Dirigir na neve foi uma experiência intensa e ainda incompleta. Nos 300 km de Milão a Florença, os floquinhos finos que atravessamos pelas montanhas não fizeram qualquer diferença para a máquina (uma valente Zafira Opel {GM} 1.7 a diesel). Mas a neve era muito fina e as estradas muuuito boas (Retas entediantes de três, quatro faixas onde se roda a 130 km/h) - o que deve mudar logo. Ai, sim, poderei dizer o quanto ela atrapalha na pista.

Legal é observar os carrões. Você está a 130 km/h na esquerda e aparece uma BMW correndo, que começa a bater farol para você sair da frente dela. Você sai e, instantes depois, um porsche aparece voando e prega uma freada violenta para não bater na BMW. Ela, para o esportivo, está muito lenta. Isso, é claro, acontece num instante, já bem longe de mim, mero circulante das faixas pobres, do lado direito da rodovia.

Vídeo aqui.


sábado, 27 de novembro de 2010

Milão (Itália): antes de moda, muita arte

Milão é a capital da moda. Mas, além de lojas, o centro comercial preserva história e cultua a arte. Na praça central está o Duomo, uma das maiores igrejas góticas do mundo. Mais bonita, em nossas opiniões, do que a de Barcelona. O telhado tem 135 agulhas, diversas estátuas e gárgulas. A noite nublada e de lua cheia deram clima sombrio no primeiro dia. Adoramos! Perto dalí está a Galleria Vittorio Emanuele II, com lojas que vão de MC Donalds à Prada. No mosaico do piso, tem um buraco em forma de círculo. Quem colocar o calcanhar lá e conseguir dar uma volta completa sem encostar o outro pé no chão terá sorte na vida. O Mateus conseguiu!!!


Fundada pelos romanos em 222 a.C., a posição central de Milão fez dela local estratégico para os governantes do Império. Na idade média, era uma das muitas cidades da Lombardia que se opunham ao Sacro Império Romano. Um período de domínio dinástico local seguiu-se à tomada da região em 1277 pela família Visconti, que foi substituída pelos Sforzas durante o renascimento. Essas dinastias, grandes protetoras das artes, são as responsáveis por Milão ter uma enormidade de tesouros artísticos. O castello Sforzesco (foto), palácio da família Visconti, é hoje um museu. Destacamos Pietà Rondanini, de Michelângelo (foto). Na Pinacoteca di Brera vimos o "Casamento da Virgem", de Rafael, e o "Cristo Morto", de Mantegna. No convento Santa Maria delle Grazie o queixo caiu diante da "A Última Ceia", de Leonardo da Vinci.


Great times with my italian friends. We went to a special restaurant near out of Milan and ate Puglias's food (a lot). Big green olives, mozzarella, orecchiette... We loved! Vito is a good friend from NYC. We miss you!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sul da França: nos rendemos aos encantos do mediterrâneo

Monte Carlo - As praias brasileiras que me perdoem, mas a cor do mar de Mônaco e a vista dos inúmeros mirantes do pequeno país (menor que o Central Park de NY) são as mais lindas que já vi. Palácio, Gran Casino, Fórmula 1, Prada, Valentino, Cartier, museus, flores, ferraris, iates dão charme único a essa região. Quem vê todo esse luxo não imagina que ali já foi palco de uma turbulenta história. Originariamente um povoado grego conquistado pelos romanos, foi comprado pelos genoveses em 1297 pela família dos Grimaldis, que sobreviveu ao feudalismo e hoje rege a monarquia mais antiga do mundo.






Nice - A costa de Nice estende-se por 5 km. É o maior balneário da costa mediterrânea e tem o segundo mais movimentado aeroporto da França. Cultura e moda se encontram aqui. Em um dia pode-se ir ao Musée Matisse e Musée Chagal, Galeria Lafayette, Château de Nice (castelo medieval), "mercado de pulgas". Estamos no outono, mas a temperatura é fria. Ainda sim, alguns arriscam a praia e até um top less.




Cannes - Saindo de Marseile rumo à Nice decidimos dar uma passada rápida em Cannes. Valeu a pena. A cidade, que ficou conhecida por seu festival de cinema, reserva um mar de água límpida, ondas, surfistas e areia fina. À beira da praia, restaurantes e creperias. Experimentamos (sem querer) os moules, que estariam em todos os cardápios dos estabelecimentos que viríamos a consultar a seguir. É uma espécie de mexilhão que bomba por aqui.



domingo, 21 de novembro de 2010

Parq Güell (Barcelona)

Quem assistiu Vicky, Cristina, Barcelona (Woody Allen)? Pois é!!! Me encontrei com Gaudí, mas nada de Javier Barden, rs.

No filme, Cristina começou a se julgar uma espécie de expatriada, não reprimida pela cultura, a seu ver, puritana e materialista dos EUA para qual tinha pouca paciência. Ela se via como uma alma europeia em sintonia com pensadores e artistas que expressavam sua visão de vida trágica, romântica, de liberdade de pensamento. Adorei o filme e amei Barcelona!!! Picasso, Miró, Gaudí, vinho, chocolate, o velho, o novo...






Para lembrar um pouquinho do filme clique aqui e escute a trilha sonora.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um pouco de Barcelona (Espanha)

Barcelona, a capital da Catalunya, é um dos pontos mais movimentados do Meditarrâneo. Uma cidade moderna em virtude da mobilização que faz para receber grandes eventos. Entre os principais, os Jogos Olímpicos de 1992. Mas, a chamada "cidade velha" não deixa a desejar. De forma alguma. Foi lá que redescobri a arte de "chocolatar" e muito mais.

No Bairro Gótico, uma surpresa na rua Princesa. Depois de passar por lojas com vitrines de dar água na boca, descobri o Museu do Chocolate e ganhei alguns quilos a mais.


O Bairro Gótico concentra diferentes pontos turísticos. Vale passar o dia por alí, entre as seculares vielas. A região foi escolhida pelos romanos, no reinado de Augusto (27 a.C. -14 d.C.) para fundar a nova colônia. Fomos rumo ao Museu Picasso e, no caminho, encontramos parte da história da Espanha. O Fórum Romano ficava na Plaça de Sant Jaume, onde hoje se encontra o Palau de la Generalitat (um construção medieval), o Parlamento da Catalunha e a Casa de la Ciutat (prefeitura). Tem também a Catedral Gótica (foto) e o Palácio Real, onde Colombo foi recebido pelos monarcas católicos na volta de sua viagem ao Novo Mundo, em 1492.


Vista geral do Museu Nacional d'Art de Catalunya. Eu e o Mateus sentamos alí e, de longe, tentamos identificar os pontos já conhecidos da cidade. Uma dica. Pedimos duas taças de Cava, o espumante fabricado na região. Valem os 3,80 euros pagos em cada uma, rs.


Fachada ondulada da Casa Milà, "La Pedrera", de Gaudí, no Quadrat d'Or. O nome Quadrado de Ouro deve-se a reunião dos melhores edifícios modernistas da cidade.


Saindo (sozinha) da Fundación Miró me deparo com a arte do Mateus. Uma engenharia de panfletos e guardanapos pregados em um poste com o seguinte recado: "Paola, o Bar fechou. Fui para o restaurante depois da estação de metro. Nos encontramos lá". Uma obra surreal que, como todas as outras, difícil de descobrir o que se passa na mente do artista. Ai, ai.

Mateus (Piró)

Agora, Miró

Montjuic - Acredita-se que aqui existiu uma colônia celtibera (celta - ibérico), antes que os romanos erguessem um templo a Júpiter nos Mons Jovis, provável origem da palavra Montjuic. Outra teoria sugere que um cemitério judeu existente na colina tenha originado o nome Monte dos Judeus. O castelo foi construído no séc. 18 para a família Bourbon. Adorei a porta elevadiça com as engrenagens e correntes ainda alí. Os jardins de hoje ocupam provavelmente um antigo foço. Nenhuma invasão aconteceu neste forte, mas vale viajar nesta cena, rs.

Considerada a mais diferente das Igrejas da Europa, o Temple Expiatori de la Sagrada Família é um dos símbolos de Barcelona. É a maior obra de Gaudí (1852-1926). Ele viveu recluso alí durante 14 anos. Quando morreu, somente uma torre na fachada da Natividade estava pronta, mas as outras foram terminadas seguindo o seu projeto. Depois da Guerra Civil, o trabalho foi retomado e continua até hoje, com contribuições públicas. É impressionante de perto e de longe. De qualquer ponto alto da cidade dá para ver as torres da igreja. A foto foi feita do teleférico do Montjuic.

Banco do Brasil quer assinatura de cônsul do Brasil na Espanha para validar senha de cliente no exterior

A senha de um dos meus cartões de crédito internacional foi bloqueada em Portugal. Ainda não sei o motivo. Liguei no número indicado, já na Espanha, e falaram para eu procurar uma agência. Quando perguntei o endereço desligaram o telefone. Mandei e-mail com o questionamento. Eis a inacreditável resposta com o pedido de uma procuração.

"Repassamos procedimentos para acolhimento de procurações:

- deve ser enviada a original do documento;

- o original não pode ser plastificado;

-Se emitida em Consulado Brasileiro: deve conter assinatura da autoridade consular brasileira no país em que foi emitida;

- se emitida em cartório no exterior, observe:

- autenticação pela autoridade consular brasileira no país em que foi emitida;

-A procuração será enviada, pela agência, ao Ministério das Relações Exteriores - MRE, para autenticação da assinatura do representante consular brasileiro, somente surtindo seus efeitos após essa validação.

O artigo 2º do Decreto 84.451, de 30/01/1980, dispensa a legalização das assinaturas originais dos cônsules do Brasil, em documentos de qualquer tipo. Não há, no entanto, proibição legal que impeça o Banco de verificar a autenticidade das assinaturas dos cônsules junto ao Ministério das Relações Exteriores – MRE.

Esclarecemos ainda que tais procedimentos visam agregar maior segurança ao processo, tanto para o Banco quanto para nossos clientes envolvidos.

Atenciosamente,

Banco do Brasil S.A.

Ag. Nova Suíça - MG"

Conclusão: Não deixe de viajar com o seu Visa Travel Money (VTM). Contar exclusivamente com o seu cartão bancário é uma fria. Se for o burocrático Banco do Brasil, a situação se agrava exponencialmente. Poxa, precisar da assinatura do cônsul no exterior e ainda ter que esperar a agência conferi-la no Ministério das Relações Exteriores parece brincadeira. Brasil sil sil...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um pouco de Madri (Espanha)

Palácio Real - O gigante e luxuoso palácio foi encomendado pelo rei Filipe V. Serviu como residência da realeza espanhola até a abdicação do rei Afonso XIII. Ainda hoje é usado pelo rei Juan Carlos em cerimônias oficiais. É aquele que disse ao Hugo Chávez: "por que não se cala?"


Chocolate com churros na Plaza Mayor - Difícil acreditar que a praça já foi palco de touradas e julgamentos feitos pela inquisição.


Puerta del Sol - A estátua de bronze do urso que tenta alcançar um medronheiro (espécie mediterrânea) é o símbolo de Madri. Achei que era um touro, mas tudo bem, rs.


Museu Reina Sofia - Picasso (incluindo o Guernica), Salvador Dalí, Juan Miró e muito mais.

Estação de trem Atocha Renfe


Feira de livros no Paseo Del Prado - A região ainda conta com o museu Del Prado (imperdível), Monumento del Dos de Mayo, Plaza de Cibeles, Puerta de Alcalá.

Viana do Castelo (Norte de Portugal, quase na Espanha)

Porto (Portugal): bacalhau e vinho