domingo, 2 de janeiro de 2011

Amsterdã: uma bela viagem

A sede do governo holandês fica em Haia. Mas, Amsterdã é a capital nominal e o centro cultural do país. A arquitetura das casas, os canais, as bicicletas, as flores, as gaivotas e os cisnes, os museus, a arte, a tolerância às diferenças, as boates decadentes do Bairro da Luz Vermelha... a cidade é um convite à liberdade.



A prostituição em Amsterdã começou a despontar no século 13. As tentativas de contê-las foram muitas. No século 17, contudo, começou a ser tolerada abertamente. Em 1850 eram 200 mil habitantes e mais de 200 bordéis. Hoje, a cidade conta com quase 800 mil habitantes, e os bordéis ainda estão por ali. No turístico Bairro da Luz Vermelha as mulheres se exibem em vitrines, mas se escondem das fotos. Em meio a vulgaridade, há restaurantes, cafés, lojas de souvenir e belas casas às margens dos canais. E foi ali que me deparei com uma linda e inesquecível paisagem: dezenas de cisnes nadando tranquilamente nestas águas geladas.



Visitamos várias atrações. Duas delas, entretanto, nos agradaram mais por remeter à realidade de pessoas que viveram ali, mas em outros tempos. O Museu Rembrandt (fotos) é a própria casa do artista (1606-1669). Quadros, gravuras e peças de arte produzidos nos estúdios da casa ainda estão lá. A outra atração é a Casa de Anne Frank, que continua me emocionando. Por dois anos, durante a segunda guerra mundial, as famílias judias Frank e Van Daan esconderam-se em um "anexo" dessa casa até serem descobertas pelos nazistas. Anne, então com 13 anos, iniciou o seu famoso diário. Ela fez a sua última anotação em agosto de 1944, quando já tinha 15 anos, e três dias antes da prisão de toda a família. Estou lendo a versão definitiva do livro, publicado pela primeira vez em 1947. É uma comovente história de confinamento e perseguição. Não é permitido tirar foto no local.

Nenhum comentário:

Postar um comentário